sábado, 16 de maio de 2009
Na Catedral
sábado, 9 de maio de 2009
Prato Frio
As chaminés cospem fumaça e enxofre,
Os rostos cheios de fuligem ardem de desespero,
Seus corpos não podem mais agüentar,
Suas mentes não podem mais ver,
No complexo mentor dos mestres das armas,
Nada mais respira,
Nada mais sente,
Nada foi perodado,
...
Vou lhes contar o que aconteceu ali,
Um homem, dois demônios,
uma família, duas feridas,
Nenhuma compaixão,
Nenhuma humanidade,
As suturas se abrem,
As armas se aquecem,
Um rosto, com duas almas
Brande o pesado fardo do julgamento,
Reluz em seus olhos a justiça,
Queima em seus olhos a vingança
... ...
Isso,
Enquanto os Bazino se recolhiam em luto e remorso, e seus capangas se animavam à cada gole de vodca, à cada carta na mesa. Mas não à cada bala que arrancou sangue de um, o qual caiu sobre o baralho, cuspindo sangue na vista de seus colegas, e seguido pelos outros que antes mesmo de se levantarem e arrancarem as armas dos coldres, já estavam caídos e cheios de furos e gelo nas entranhas. O estrondo alarmou os outros que estavam dentro da casa, um deles, perdeu a cabeça quando a colocou para checar, e em segundos um coquetel molotov já explodia dentro da casa. E em momentos, tudo que se mexia dentro da casa foi banalmente carbonizado ou fuzilado depois. E mais tarde quase todos os Bazinovoloska já estavam dentro da caldeira da usina de carvão ali do outro lado da rua.
E em segundos o que era um ser humano,
virou fuligem, virou pó
Enquanto isso, Tolinsk e seus irmãos observavam a casa de seus inimigos em chamas,
Ambos esperando, o que não pode se esperar.
As chaminés cospem fumaça e detritos humanos,
Os rostos cheios de fuligem ardem de desespero,
Seus corpos não agüentam mais,
Suas mentes não existem,
Não mais.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
No Baralho
domingo, 3 de maio de 2009
O Fim está Próximo
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Açoite do Leste
2 de Maio de 1992, Leningrado
Ele arde enquanto seu sapato pisa no pátio molhado que tudo reflete. Tal qual, reflete a ardência, o dinheiro, almas não perdoadas. E como um açoite, ele retorna ao seu dever, a sua incansável busca. Por algo.
À seu redor só existe fogo, morte e destruição. Tudo desmantelando, enquanto ele, parado perigosamente perto das labaredas de fogo que pulam de dentro dos carros que ele mesmo explodiu. Ele observa sua obra, portando a blindagem de uma alma congelada.
Ele ergue seu lança foguetes, e se vira para seu assistente que vem abismado lhe por à par.
– Chefe, seu irmão está estado grave. Mas os médicos dizem que ele vai sobreviver.
– Vocês não podiam usar o telégrafo ao menos uma vez?
– Desculpe senhor Tolinsk; Mas Slovan ordenou que parássemos com o telégrafo ou rádio, pois tem alto risco de grampo.
E havia mesmo, mas Tolinsk não concordava com isso, ele odiava se esconder, mas agora eles não se escondiam mais do governo, se escondiam de outros dezenas de grupos criminosos que acabavam de nascer do exército de militares colocados na rua por falta de recursos. Mas isso certamente fortaleceu os Dragunov. E por isso mesmo agora eles vão dar o troco; e segundo Tolinsk, com juros que nem judeu ousaria cobrar.
Detalhe para o ódio aparentemente inexplicável dele por judeus, não, talvez neo-nazismo, mas o motivo mais aceito entre os cochichos de seus homens é que um agiota judeu teria emprestado dinheiro à seu pai quando ele foi tentar a sorte em Moscou, seu pai não tinha como pagar, então o agiota não levou algo de sua casa, não lhe cortou um dedo ou lhe entregou à polícia como pagamento. O judeu quis sua mãe, e executou a cobrança sem a ciência de seu pai que segundo um poeta teria sua alma destroçada quando encontrou sua mulher estuprada e esquartejada. Depois disso, ele comprou uma arma, a mesma submetralhadora Thompson 1921 que Tolinsk usou para o vingar depois. Com aquela arma, anos mais tarde, ele usou para destruir o intestino do judeu pelo ânus, depois de fazer não se sabe o que com o coitado. Enfim, seu pai escolheu depois disso, levar a vida subversiva do crime. Que seus filhos seguiram.
Mas agora Tolinsk vai fazer segundo ele, o último julgamento.
Esse último ato, foi o estopim para o retorno da guerra da máfia vermelha. E os velhos Bazinolovoska vão pagar.
Pelo que? Está dito.
Antes da destruição que Tolinsk apreciava “surgir”. Houve uma pequena conversa. Aquilo que queimava era o carro de um dos filhos, e chefes dos “Bazinos”. Um informante infiltrado dentro das operações deles indicou o dia e a hora em que o carro passaria por ali, e também indicou coisas interessantes e libertadoras sobre o que aconteceu em 1989. Coisa que Tolinsk queria ouvir da boca de um deles.
A verdade é, segundo um infiltrado, que os Karpeyja e os Slovodan sim se juntaram para acabar com os Dragunov, e quase conseguiram. Mas foram os Bazinovoloska que compraram a polícia como mercenários e destruíram todo o negócio dos Dragunov. O que levou à morte de seu pai. Não foram os Karpeyja como deduziram ele e seus irmãos. Foi tudo os Bazinos, inclusive, segundo o informante, os homens que tentaram matar Caspian sob fachada de uma reunião amigável não eram da Yakuza. Eram japoneses contratados para se passar de membros da máfia nipônica.
Tolinsk fez aquele filho dos Bazino falar quase tudo isso, mas quando o infeliz começou à negar e gaguejar denovo ele não teve paciência. Fez questão de enfiar ele no carro junto de sua família e os corpos de seus guarda costas e explodir tudo com uma RPG (lançador de foguetes soviético).
Ele vai continuar,
E agora nada o impede de retomar o controle.