Olá =D

Este blog é uma obra literária livre, por enquanto. É um conjunto de contos e crônicas que englobam vários personagens e situações.
Literalmente é numa linguagem até que bem poética (alguns dos textos) outros de reflexão, mas a maioria é de pura e dura ação.

Essa obra foi inspirada nos velhos clássicos do cinema: The Godfather, Scarface e outras influências fora do gênero de crime organizado. Até porque, eu querendo ou não, sempre acabo por escrever coisas como praticamente roteiros mesmo.

Espero que a leitura seja agradável e desculpem pelos erros de gramática. Ainda estou tentando corrigir todos. Mas alguns são figuras de linguagem. 

LEIAM  os POSTS DE BAIXO PARA CIMA para seguir a linha de fatos e assim compreender o enredo. Mas se preferirem fazer uma rápida leitura solo. Fiquem à vontade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Quando a Vida Acaba

25 de Dezembro de 1989, Em algum lugar de Moscou

Num apartamento qualquer em algum lugar da cidade,  onde a chama da calefação suprime por pouco a neve pesada, o gelo e o frio que fazia, como de costume. Mas seguindo o curso da brasa do vapor e fumaça do aquecedor chegamos à uma janela, fechada à sete cortinas, onde a vida paira para terminar. Um homem deitado na cama, uma mão envelhecida e cansada, um passado de sangue e quatro filhos aos pés da cama. O velho homem já desfalecido pelo tempo e pelo país, aquece seu último lençol, não à medicamentos para ele, nem para ninguém ali. Todos ali estavam destinados à perseguição do governo, “Que matem, e que morram. E que congelem suas lágrimas obscuras e subversivas ao sonho comunista” assim disse uma vez Slovan, antes de estar ali, como se um punhal  lhe desferisse um golpe letal e que o dilacerasse todo, seu pai estava ali, definhando, e ele sabia por que, ele sabia que a vida que ele escolheu, e que ensinou aos filhos o levou à aquilo. Não viver sóbrio, com o melhor do bom, com tudo que a carne insana humana desejaria tudo que ele desfrutou e herdou. Mataram, destruíram, assassinaram, para que? Para ver seu pai morrer de tuberculose enquanto eles fogem da polícia como ratos. E fecham-se os olhos de Slovan, durma ali e aceite o, que o seu pai escolheu, futuro que você escolheu o futuro de ninguém.

Mais sentido estava Caspian, ele não se preocupou em tirar conclusões melancólicas sobre qualquer coisa, ele estava ali, agarrado ao seu pai, em seus últimos pensamentos. Como se nada mais existisse, além dele e do pai. Como se os segundos fossem horas e minutos eternidades.

Mas ao lado dele, com a mão em seu ombro, e a outra sobre a perna de seu pai, como ele gostava de fazer quando menino, cá estava Ulano, com seu pequeno óculos de leitura no rosto como sempre, sua mãe está morta e seu pai vai estar em segundos, assim ecoava em Ulano naquele momento. E assim ele fala o que sempre quis dizer ao velho, mesmo que ele não responde, mas sabe que ele está ouvindo. Nada mais importa, apenas aquele momento e o afeto por baixo das capas e gelo.

Mas ali, do outro lado da cama, estava Tolinsk. Ele com as mãos no rosto, sente um peso gigantesco sendo colocado sobre seus ombros à cada respiração mais fraca de seu pai. Ele mal podia mostrar seus olhos vermelhos e encharcados ao ar, para não ver seu pai naquele estado. Mas ao mesmo tempo que ele sofria com aquilo, seu ódio e sua raiva eram multiplicados. Por que o maldito governo, o maldito país, o maldito mundo, deixa um gênio daquele, que já viveu como rei, que já criou muitas coisas, assim como destruiu e incendiou ,morrer como um porco perdido na neve. Ele via a vida de seu pai ser ceifada diante dele, e ele nada pode fazer, contra a KGB e seus tanques que se puseram à caçar-los, afinal, eles eram terroristas, matadores e bandidos, não merecem compreensão nem piedade, as vezes, ele pensa em abandonar essa vida e ser pastor nos Urais. Mas seu ofício da morte o persegue de forma tão doentia quanto um câncer. Mas ele agora não volta mais. Sua alma está corrompida.

E seu pai pede que abram a janela para ele ver e sentir a brisa Russa novamente, pela última vez.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Um Toque Sutil

29 de Dezembro de 1989, Bar do Vladmir, Moscou

“Me dá mais uma dose aí Vlad!” Era o que dizia Dimitri enquanto se entupia de Vodka numa noitada no velho bar de sempre. Klaus ao lado dele não estava para festas, apenas bebia sua cerveja pausadamente enquanto via Dimitri bêbado cantando a garçonete. Dimitri pergunta novamente por que ele está tão desanimado e melancólico, ele respondia que estava doente, sempre. Ele têm ficado desse jeito ultimamente, principalmente depois do episódio do cemitério. Dimitri também ficou pensativo, mas ele é muito mais cabeça fresca que seu amigo. Que estava ali, dentro daquela sala abafada, bebendo cerveja barata, degustando carne seca duvidosa e de mal com a vida. E fica pensando: “Esse Dimitri não se preocupa com nada?” talvez sim, talvez não. Talvez se preocupe tanto que procura encher a cara para esquecer o que não pode ser esquecido. Klaus, em seus devaneios melancólicos relembra a cena das tripas e fatias humanas sendo arremessadas ao vento, o sangue, os corpos, ele ainda pode se lembrar nitidamente do rosto destruído de uma criança voando e com o olhar fixo nele, como se o acusasse horrendamente, ele se lembra daquele olhar frio, daqueles olhos azuis profundos e ensangüentados que quase parecem piscar.

Mas seus sonhos malditos são interrompidos pela sineta acima da porta do boteco, quando Klaus se vira um pouco para olhar quem havia chegado ele vê apenas a coronha de um revolver em seu rosto. Ele toma uma súbita pancada na cabeça. Quando acorda, desorientado, com a vista turva, está amarrado sentado em cima de uma cadeira, ainda dentro do bar, com as persianas fechadas, as luzes quase todas desligadas e com todos caídos no chão ,talvez mortos. Dentre os vários homens ali dentro, um lhe dirige a palavra:
“Olá senhor... Klaus”
“Que diabos são vocês?”
“Opa, opa, relaxe rapaz, vamos nos apresentar... eu me chamo Ian Bazinolovoska”
“Bazinolovoska! O chefões de moscou!”
“Sim”
“O que fizeram com o Dimitri, o que querem comigo?”
“Cala a boca aí camarada, seu amigo está vivo, não foi difícil derrubar-lo, agora ele está inconsciente, todos estão, mas se vão morrer ou não, isso depende de vocês”
“O que querem?”
Ian se senta agora, na cadeira frente à Klaus e fala:
“Bem, eu venho aqui representando a alta cúpula dos Bazinolovoska, as atividades dos Dragunov e principalmente as suas façanhas estão incomodando eles”
“Que? Mais é o meu trabalho!”
“Sabe Klaus, vou te dizer, sou bem novo como você, mas já tenho uma boa experiência nesse ramo, e te digo, não existe trabalho mais desgraçado e maldito que esse... então, você é bom, eu admito, vocês soldados dos Dragunov são todos uns grandes achados, mas eu pergunto à você, por que está nessa área?”
“Eu vivia em Petrogrado, minha família estava devendo pesado para um agiota perverso da cidade, daí Ulano apareceu e disse que iria acabar com esses problemas, salvas minha toda família e quitar as dívidas e qualquer ato vingativo contra ela se eu jurasse fidelidade à família Dragunov e trabalhasse para eles”
“Hum, louvável, mas você sabe que o custo é alto, você sabe qual o preço de sujar suas mãos e sabe que vai cada vez piorar”
“O que vocês querem com tudo isso?” – diz atordoado Klaus –
“Queremos acabar com o derramamento de sangue – Ian toma seu revolver e o aponta para a cabeça de Dimitri ali do lado desmaiado – e sabemos que você é a chave do poder letal dessa família, você e seu camarada aqui... então, estamos combinados?
“S-sim”
“Sei que não pode fazer nada contra a palavra dos irmãos Dragunov, mas tente não animar-los em qualquer plano sanguinário que possam ter... a, e à propósito, nunca tivemos essa conversa, combinado?”
“M-mas e os outros?”
“Providenciamos para que não se lembrem de nada antes das sete horas de hoje, e seu amigo bêbado nem precisamos aplicar nada... adeus Klaus, e saiba, não tente nenhuma gracinha, ou não será uma coronhada que verá na próxima vez”

Aquele esquadrão de gangsteres saem do local, entram todos num carro sem placa e desaparecem dali deixando apenas uma faca nas mãos amarradas para trás de Klaus, pessoas desacordadas no chão e uma fria brisa entrando pela porta aberta.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Onde a Vida Acaba

24 de Dezembro de 1989

“Devido à grande onda de assassinatos e atentados à vida pública dentro de nosso amado país por inescrupulosos arruaceiros e marginais em nossa capital. O Governo soviético decidiu liberar totalmente a conduta do ministro chefe da KGB da forma que for necessária para eliminar o crime organizado de Moscou”

Isso era o que declarava um orador numa sala de reunião do tráfico em algum prédio comercial em Moscou. Era uma loja, e em seu segundo e último andar abrigava as cabeças restantes da família Slovodan, e ali, sim, ali o fogo ardia nas entranhas do filho e sucessor do império decadente do falecido à bala chefe da família, deixando seu filho, berrando para um monte de mafiosos velhos e cansados numa mercearia qualquer em Moscou. Logo depois ele sai dali e entra num carro para o enterro de seu pai. Quando o carro dele sai dali e vira a esquina dois homens peculiares se aproximam da vitrine da loja. Eles estão bem empacotados, talvez pelo frio de -15°, eles parecem observar o lado de dentro, mas um deles parece mais estar de olho no reflexo do policial do outro lado da rua do que nos enlatados de segunda nas estantes do mercado. Quando o tal policial sai dali dobrando a rua e fora de vista um dos sujeitos tira algo do capote, com o outro na frente obstruindo a visão não se sabe o que ele faz com seja lá o que tirou do capote, apenas se ouve um pequeno ruído agudo depois que eles abrem a porta da loja e um deles falando baixo: “Vai logo com isso Dimitri!”.Os dois entram no estabelecimento com cautela, andam à passos leves nem percebendo o corpo e um poça de sangue oriunda de um belo furo na cabeça do mesmo. E eles caminham devagar pelo rangente assoalho brandindo uma bela pistola com silenciador tentando ouvir o falatório dos gangsteres no andar acima. “Vai logo aí que eu te cubro!” – um deles cochicha sacando a sua silenciada do capote igualmente e se virando para a porta – o outro cuidadosamente sobe a escada, de frente para a porta no segundo andar para entrar na sala onde estão os membros dos Slovodan ele deixa um pacote com cuidado, bem no chão. Depois disso cuidadosamente desce a escada para não ser percebido. O outro o espera, depois de reunidos no andar térreo, caminham naturalmente pela rua: “Quanto você marcou?” – um pergunta para o outro baixo também – “Dois minutos” – o outro responde meio preocupado – “Droga Dimitri!” – ele diz isso ironicamente já correndo seguido rapidamente pelo outro. Eles correm para um carro à cinqüenta metros dali e seguem na contra mão com pressa cantando os pneus.
Dentro da loja , os homens discutem: “Estamos literalmente quebrados! Não tem escapatória, e digo para que por nossa honra matemos de uma vez esses Dragunovs seja lá onde estejam antes que nos mate...” O prédio inteiro explode subitamente.

Meia Hora depois...

No cemitério, um aglomerado de pessoas vestidas de preto e com o espírito à caráter velam o corpo de Danilov Slovodan, o patriarca e chefe da organização e família Slovodan. Morto num atentado à sua vida que resultou em um trágico ‘acidente’ no aeroporto. Seus filhos, sua família, seus amigos, inimigos e companhia estavam ali. Uma grande camada de negro em contraste com a paisagem cinza da grama congelada mista com neve. Todos juntos, tentando se aquecer naquele frio terrível de inverno siberiano. Mas, entre os negros troncos dos pinheiros, do cinza obscurecido pela morte das lápides por todos os lados e o céu da tarde com uma forte luz opaca pelas nuvens pesadas pairando no ar, havia ali, aqueles dois homens de capote castanho rodeando o enterro escondidos pelas arvores e arbustos, se esgueiram esperando a hora certa de agir. Um deles coloca o cano de uma SVD para fora do arbusto cuidadosamente, deitado ali, o outro armado com um fuzil troca de posição e se deita ali perto atrás de um mausoléu. Eles fazem sinais um para o outro, e então o de rifle de precisão inicia o ‘conserto’, ele dispara um tiro certeiro na cabeça do primogênito dos Slovodan, depois rapidamente joga uma granada dentro da roda do enterro. Acontece um alvoroço terrível entre os presentes ali, mas nem perceberam a granada , das potentes, jogada entre eles, o problema dela é que ela leva mais tempo q o normal para detonar. Nessa fração de segundos os seguranças da família correm para o lado que veio o disparo, e aí que o outro, Klaus, entra em ação, ele agachado entre os túmulos pega os guardas pelas costas e depois atira em quem tenta escapar dali, nesse milésimo a granada detona criando uma cena de horror supremo de pessoas sendo destroçadas literalmente e espalhadas para todos os lados juntamente dos ferrões oriundos do explosivo à base de C4 e semelhante à um claymore. Klaus continua à atirar entre os restantes agonizantes e incapacitados pela explosão. Klaus se deita e troca o pente, Dimitri com a SVD checa o lugar para se assegurar que ninguém saia vivo dali. Alguns se arrastam entre os túmulos, mas encontram o outro mundo com um disparo rápido de Dimitri em cada um. Resta apenas um guarda que se acovardou e treme enquanto tenta colocar o pente na pistola, ele se levanta de trás da lápide tremendo e hesitante mas é encontra 10 subindo de sua barriga até sua testa da AK de Klaus.
Com tudo acabado, os dois abaixam as armas, olham o produto de sua façanha, o sangue, os mortos, crianças e mulheres ali. Tudo ali, e eles ali.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Fogo na Auto-Estrada

23 de Dezembro de 1989, Aeroporto de Moscou

As ferragens do belo jato blindado e particular ardem nas chamas, o carro negro e igualmente protegido de balas se direciona para fora daquele lugar, só mais alguns minutos, O Klaus faz a ligação de um telefone público ali do lado de fora do deserto aeroporto devido ao tempo. Quem atende é Slovan e Klaus já adianta:
“Serviço feito chefe!”
“Perfeito... os rapazes dos lubrificantes já foram?”
“Sim, o caminhão deles saiu assim que nós demos o sinal”
“Entendido, agora, atenção, recebi indícios de que a KGB meteu o nariz nisso aqui, essa linha não é segura! Vão para o lugar marcado o mais rápido possível!”
Nesse momento Klaus nem pode terminar de ouvir o aviso, ao longe ele tinha avistado os malditos oficiais do governo e correu para o carro mandando o motorista, que estava tranqüilo tomando um café, enfiar o pé no acelerador que o plano foi grampeado.
“Vai logo Bastian! Os malditos federais tão chegando porra!”
O motorista joga o café fora e com Klaus se jogando no carro e fechando a porta ainda ele põe o carro em movimento; Ele logo assume posição de fuga acelerando o máximo por uma via diferente da marcada para o retorno casual deles, mas aquilo era a KGB na cola deles, a solução seria despistar-los ou matar-los. Klaus pega no chão do bando de trás a Ak e abre a janela esquerda, ele coloca o mínimo do corpo possível, apenas os braços para segurar a arma aproveitando a visão que o vidro de trás do carro proporcionava para mirar nos carros dos agentes, que eram sedans aparentemente inofensivos, mas envenenados e poderosos.
O motorista não diz uma palavra enquanto Klaus berra e grita enquanto tenta acertar os carros de trás. Quando ele descarrega mais um pente faz uma pausa para recarregar, nesse tempo os federais atiram igualmente com rifles de assalto no carro deles. Mas ambos os carros ali pareciam ser blindados:
Hahahahah! Tentem seus malditos!” – dizia Klaus
Mas sua felicidade nem durou segundos quando os federais estavam dando tiros de ponto cinqüenta no carro deles, o tiro varou como papel o vidro fortemente blindado da traseira do carro, felizmente não acertou ninguém, mas estavam mirando para pegar o motorista quando Klaus grita:
“Abaixa a cabeça Bastian!!!”
“Que?” – Bastian não entende muito bem mas abaixa a cabeça à tempo milimetricamente antes do tiro ser disparado, furando o para brisas bem na frente dele:
Caralho! Que isso Klaus? Esses bastardos tão usando ponto cinqüenta?”
“Sim! E é um rifle com luneta, estou vendo daqui no carro da direita o maldito mirando aqui! Fica esperto aí que eu vou pegar esses desgraçados!”
Klaus abre o teto solar, tira a AK pra fora com a mão e atira atordoando o atirador que entra para dentro da segurança de seu carro, com esse tempo, antes que outro atirador dispare ele coloca a RPK para fora, apoiando ela toda no teto do carro e começa à descarregar chumbo nos carros de trás, os tiros todo ricocheteavam e pipocavam na lataria dos três carros.
“A é, quero ver se eles tem pneus blindados também!”
E ele faz o que ele já deveria ter feito, acabar com os pneus. Ele mira rapidamente e retalha os pneus do carro da frente, o mais próximo, esse derrapa sem controle no gelo e neve na perigosa pista, o carro quase atinge um que está nos fundos, mas seu motorista conseguiu desviar. Klaus começa à atirar nos pneus do outro, mas no mesmo momento aquele sedan rebaixa de uma vez fazendo com que o pára-choque blindado proteja, pelo menos frontalmente, os pneus acabando de novo com a felicidade de Klaus, ele passa para dentro e pede para o motorista ziguezaguear com o carro, o mesmo responde:
“Você é doido, já estamos nos arriscando demais correndo à essa velocidade nessa pista lisa e você quer que eu comece à dançar nessa desgraça de pista?”
Klaus responde e igual tom:
“Você prefere tentar ficar vivo ou tomar um tiro de ponto cinqüenta na nuca?”
Isso convence o motorista, que começa à fazer o que o atirador pediu, assim ficaria mais difícil para os atiradores acertarem tanto Klaus e o motorista com seus rifles anti-blindagem. Logo com o carro em movimento lateral, ele coloca a metralhadora para fora novamente e começa à atirar nos flanco atiradores que já estavam todos para fora tentando mirar no carro. Ele, disparando vários tiros por segundo perfura impiedosamente os atiradores dos outros dois carros que balançam com o tronco para fora dos carros em movimento, Klaus entra para dentro rapidamente, e pega o rifle de assalto:
Bastian! Quantos pentes agente trouxe mesmo?”
“A cara, vai tomar no cu!”
Klaus ri enquanto fica de tocaia para ver o próximo movimento dos carros, que aceleram bastante para ficar lado a lado do carro deles, do carro da frente sai um oficial com um fuzil, de uma vez Klaus tira todo o tronco para fora e o baleia com a AK com violência num movimento vertical de baixo pra cima, o oficial tem agora uma trilha de buracos jorrando sangue de sua cabeça até seu umbigo e é jogado para fora do carro com a violência dos tiros que nem os coletes puderam proteger.
“Morram malditos!”
Klaus ainda para fora do carro percebe que a aproximação do carro da direita vai permitir um ângulo dos pneus, que os pára-choques não vão poder proteger. Ele mira com a coronha no ombro esperando a visão dos pneus quando do carro da esquerda abrem a janela lateral atirando com pistola nele, ele dá uma rajada certeira de uma vez na janela que só se vê a arma de mão caindo para fora do carro, depois ele volta à mirar, quando os pneus do carro da direita estão à mostra ele aperta o gatilho, mas não sai nada.
“Ah Droga! As balas acabaram... - nisso ele passa um pano no rosto e murmura - ... maldito emprego"
Ele entra e se apressa para recarregar e não perder a chance de eliminar outro carro, e com o carro dele quase derrapando na pista perigosamente congelada e sem nenhum tráfego incrivelmente ele se levanta novamente no teto solar e fuzila o pneu esquerdo do carro da direita, se vira para a maldita lata velha comunista da esquerda que se aproxima paralelamente do carro dele e descarrega suas balas restantes nos pneus desse carro.
O carro da direita sai de controle e derrapa violentamente capotando sendo virado de cabeça pra baixo pelo gelo na pista e sai rolando para trás. O outro ainda obtém controle, Klaus apela e começa à disparar com a AK no vidro do carro deles enquanto grita, o vidro é destruído e nem se fala de quem estava nos bancos da frente. Esse carro sai da pista perdendo velocidade. Realizado e satisfeito de estar vivo e intocável Klaus se senta respirando fundo no banco de trás ao lado de seu arsenal, acende um cigarro e diz: “Mais desgraçados despachados pela Dragunov!”
O motorista ainda meio trêmulo e nervoso pela situação que havia passado, podendo ter derrapado e caído do barranco e morrido à mingua no frio, diz: "Nossa Klaus, porque diabos fazemos isso?" Klaus não fala nada , apenas tira a expessão diabólica do rosto.

domingo, 14 de setembro de 2008

Perigo sobre Asas

23 de Dezembro de 1989, Aeroporto de Moscou

Todas as outras famílias achavam que haviam eliminado mais um concorrente infeliz do tráfico, mas pouco eles sabiam o que lhe esperava, mesmo depois da morte de Vitali e a doença misteriosa do patriarca dos Dragunov os negócios não pararam, os 3 irmãos Ulano, Tolinsk e Slovan assumiram o controle de tudo com as próprias mãos, agora estavam totalmente agarrados e mergulhados no poço de sangue, frio e escuro do crime e suas mãos imundas como as do chefe do holocausto na Alemanha. E depois das previsões de um ataque repentino à suas instalações pelas outras famílias já estava claro para eles que os Dragunov eram realmente uma ameaça para eles, Slovan comenta um pouco antes da execução de um plano de contra ataque: “Esperem para ver malditos, nós nem começamos à aquecer”, eles iam contra atacar, poderiam ganhar muito com isso, mas não teriam um troco muito leve, isso com certeza.
E ali estava, o chefe da família Slovodan caminhando tranquilamente junto de seus guarda costas e outros membros da organização até seu jato particular na pista lisa pelo gelo e perigosa de um aeroporto na cidade. O patriarca está um pouco desprotegido devido à garantias de coberturas por parte das outras famílias, pois foram eles que supostamente arrancaram uma perna dos Dragunov, nos quais eles não esperam vingança, pois acham que desovaram seus líderes pro inferno no “golpe dos dedos voadores” de dias atrás. Então ele caminha tranqüilo até a escada para subir no avião. Mas ali naquela hora, mesmo que meio atrasados surge um automóvel que estava escondido dentro de um dos balcões do aeroporto, ele corre violentamente em alta aceleração direto até o grupo de pessoas perto do jato se preparando para subir à bordo. Um dos seguranças rapidamente toma em mãos seu impetuoso rifle automático de assalto e começa à descarregar junto das colts de seus colegas no carro preto que se aproxima, nele as balas ricocheteiam e rebatem rapidamente, então um dos guardas corre para alguns metros fora do rumo do carro se separando do grupo, o motorista gira o volante de uma vez e faz um “drifting” no gelo da pista e atropela o cara que saiu do rumo e passa em cima de mais três que não conseguiram escapar daquele grupinho. Restavam mais dois caídos no chão sendo que um deles rolou por cima do para brisa e outros mais longe correndo como doidos, o patriarca corre desesperado para dentro do Jato, o carro para perto do jato depois disso, o teto solar abre e um cara com uma Ak acaba com os caídos e armados que ainda tentam atirar, mas estão confusos e escorregando no gelo da pista, vacilam e são fuzilados, incluindo os que correm de medo. Até aí o chefão dos Slovodan já entrou e fechou a porta do jato que ele é esperto. Ele manda o piloto acelerar com aquela merda de avião e sair logo dali, mais isso seria bem perigoso sendo que a pista está escorregadia e aquele vôo só conseguiu ser agendado no aeroporto devido aos contatos do chefão, então, esse mesmo pega uma pistola, coloca na cabeça do piloto e manda ele andar logo com aquilo. Nisso do lado de fora o maluco do teto solar do carro pegou uma metralhadora, ele apóia o bi pé dela no teto do carro e já carregava a queridinha, ele logo já começa à descarregar chumbo no avião, que já começa à acelerar e vau subir logo já que é um avião pequeno. O atirador do teto solar fala pro motorista enquanto faz uma rápida pausa para a arma não super aquecer: “Desgraça! A merda do avião parece que tem blindagem militar!”. E devia ter mesmo, o engenhoso chefão mandou blindar a cabine com vidro à prova de balas já temendo um atentado semelhante, mas o atirador não desiste e continua atirando para acabar logo com aquele pente, quando ele termina o avião já se distanciou e ele diz: “Á, deixa isso, os rapazes já devem ter cuidado da pista”. E cuidaram mesmo, haviam derramado muita vaselina e outros lubrificantes na pista, pouco antes da área onde o avião levanta vôo para pegar-lo em alta velocidade. O Chefe, dentro do avião, rindo e contando vantagem: “Hahahaha, tentem me pegar idiotas, vão ver só o que vou fazer com vocês cavalos cretinos, Haahahaha!” logo em seguida o avião derrapa violentamente, o chefe é jogado contra o teto com força já que ele estava de pé, ele quebra o pescoço e em seguida o piloto também quando o avião vai parar fora da pista e explode pouco depois. Vendo o espetáculo, o sujeito no teto solar, Vacili, diz: “Bem, vamos Klaus, o serviço foi feito”

sábado, 13 de setembro de 2008

O Plano

21 de Dezembro de 1989, Zona Rural de Moscou

Era uma manhã valina que não refletia o sangue que jorrou e esvaiu de pessoas naquele dia, por aquela mesma rua donde aconteceu a explosão e o massacre, caminha um homem, tal para em frente aquilo e observa os escombros e os corpos com tamanho interesse por trás do bloqueio e costas da polícia, que espalhar seus peritos por ali para tentar desvendar o que havia acontecido ali. Segundo o que vazaram da polícia, encontraram muita gente dentro do prédio, mas não conseguiram identificar-las ainda, ou nem vão, o poder da bomba que foi jogada lá dentro não cobriu muito espaço mas tinha um tremenda carga que esfacelou o que havia de vivo lá dentro. Era terrível, o prédio se destruiu, era um cheiro de entulho misturado com o de carne carbonizada. Para se identificar, mesmo que pela arcada dentária, levariam meses para juntar todo o quebra cabeça. Alguns tiveram suas pernas ou dedos jogados dentro dos quintais vizinhos, o que causou um grande terror e polêmica por entre a população, alguns criaram lendas urbanas sobre isso que alguns lembram até hoje no submundo de Moscou.
Enquanto isso, uma mão acende o isqueiro e o leva até um singelo cigarro, o dono do tal fuma junto de alguns homens sentados em algumas caixas dentro de um vagão de trem aberto, eles ali, não dizem nada, apenas esperam o trem ir diminuindo a velocidade e parar. Nisso o cara que fuma, usando apenas um colete de couro para se proteger do frio enquanto neva forte do lado de fora, ele se aproxima, em pé, da beirada da porta grande do vagão que estranhamente está aberto deixando todo o ar frio entrar. O homem, ali de frente à neve jorrando do lado de fora com uma ventania congelante que parece aspirar todos os sentidos onde toca, ele respira fundo e se põe à olhar para o longe do horizonte cinza. O trem dês de já começa a parar, e quando ele entra na estação e fica bem devagar o sujeito já dá um passo pisando na madeira do piso da estação, esse homem, que é Tolinsk, já é abordado por outros homens no qual ele começa à perguntar e dar ordens:
“Então Klaus, alguma notícia do acontecido?”
“Sim chefe, eu fui pessoalmente lá, verifiquei o lugar, Slovan estava certo, eles iam implodir aquilo com certeza”
“Tivemos alguma baixa?”
“Não, eles atacaram no horário previsto, metralharam o pessoal do lado de fora e explodiram o QG com todo mundo dentro”
“Bom, estou esperando um telefonema do Caspian, qualquer coisa me mantenha informado”
Tolinsk entra no escritório dali, aquela seria um estação que pertencia ao falecido Ivan. Agora está sobre controle dos Dragunov para os . Klaus anda um pouco enquanto bebe um trago de vodka quando Dimitri que havia dormido por lá pergunta:

“Hei Klaus, o que aconteceu? Não estou a par das novidades, explique!”

“Olha, o caso é que de alguma forma o Slovan ficou sabendo ou não sei o que ele fez pra deduzir que seriamos atacados mais cedo ou mais tarde no QG Leste lá em Moscou, então ele disse teve a idéia de esvaziar o prédio de coisas realmente importantes e o encheu de mendigos, andarilhos, arquivos falsos e pagou alguns coitados inúteis para ficarem armados lá na frente, tudo isso pra fazer-los acreditar que nos tiraram da jogada destruindo toda nossa papelada e pessoal importante”

“Nossa, e eu nem fiquei sabendo, só mandaram eu sair de lá e vir pra cá”

“Sim, era para o mínimo de pessoas ficarem sabendo, mas agora que já foi feito temos que deixar o pessoal à par, mas temos a suspeita que tem um espião dentro da organização”

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ataque a Leste

20 de Dezembro de 1989

O natal se aproxima, se existisse natal na Rússia, as ruas estariam cheias de pessoas saltitando felizes e sorridentes, crianças importunando seus pais para consumirem e consumirem desenfreadamente por puro capricho humano e no ‘fétido’ mundo capitalista. Mas estamos em pleno comunismo e o que está na rua numa hora dessas da noite depois do toque e recolher são apenas os jornais pulando pela rua levados pela pesada brisa da madrugada. E o tempo passa lento para uns homens de tocaia na frente do QG Dragunov no leste de Moscou. Aqueles homens tremem, não se sabe do que, será que do insuportável de -20° centígrados, da neve nos seus sapatos ou pelo fato de todo e qualquer líquido no corpo deles parecer estar à ponto de entrar em estado físico? Pouco importa, um deles sai de dentro do prédio com algumas canecas de café quente, aquilo era para tentar dar maior ânimo para aqueles sujeitos que guardavam a entrada do QG, que é bastante simples, um portão de ferro guarda a garagem do lugar , que naquele momento não demonstra estar sendo usada. Ao lado da garagem tem o prédio que tem dois andares, ali tem alguns quartos onde normalmente os ases dos Dragunov passam a noite, enquanto os soldados plantados do Aldo de fora garantiam a segurança agora saíram mais um bocado, era aproximadamente um dúzia ali fora, fizeram um roda, deixaram seus fuzis sossegados na bandoleira e começaram a conversar e fumar.
Já jazia um sentimento de alívio por parte dos coitados do lado de fora do prédio quando um som de pneus e motores ecoavam pela calada da noite. Antes que percebessem os faróis desligados de dois carros em alta velocidade se aproximando dali os dois automóveis derrapam e param de lado e instantaneamente saem tiros dali de dentro, usam AKs, RPKs* e submetralhadoras de ação rápida que vão destroçando aqueles homens que nem sequer conseguiram atirar. A maioria de costas ou distraída, os outros dois que estavam de olho na rua demoraram para perceber o perigo e quando decidiram atirar eles não sentiam mais o braço ou nem tinham mais braço devido á destruição que estava acontecendo ali. O projéteis lendários e temidos da Kalashnikova decepavam e rasgavam aqueles homens como um açougueiro poda a carne. Nem todos estavam recostados no muro, mas muitos foram arremessados contra ele e ali fuzilados brutalmente, as balas entravam e varavam as roupas e corpos transformando tudo aquilo num emaranhado de pedaços de carne de segunda ensangüentada, moída como tal e furada como peneira jogada aos cães em pleno início de madrugada. Rapidamente dois deles saem do carro, um deles chega na frente da porta de madeira do prédio e a metralha de fora à fora, depois dá um tiro na fechadura e recua um pouco. O outro já chega descendo a pisa na porta partindo ela ao meio, eles atiram nos caras dentro do prédio e jogam uma bomba lá dentro, correm e rapidamente entram no carro que canta os pneus novamente para sair dali logo, pela explosão e pela polícia que iria dar as caras ali em poucos minutos. Então, acontece a grande explosão destruindo todo aquele prédio espalhando papéis, madeira, entulho e seres vivos à brisa fria da Rússia enquanto os corpos e o muro destruído esfriam.

*RPK : Variação da Ak-47 com cano mais longo e bipé para fogo de apoio (Metralhadora leve)

Conspiração

19 de Dezembro de 1989, Leste de Moscou

Numa sala escura e fétida, alguns animais discutem, pela escuridão sombria do ódio. Eles não são seres humanos, nem animais, são demônios sanguessugas dos vícios humanos. São os miseráveis mais bastardos de Moscou, assim como os Dragunov, são mestres do crime, das drogas e do pecado. E estão injuriados pelo desempenho recente do que era á poucos anos mais um grupinho de militantes que extorquem com muita dificuldade, o subúrbio da capital por baixo do nariz dos comunistas. Mas eles que se enforquem, o governo não consegue nem mais alimentar seus próprios soldados quanto mais lutar contra bandidos no submundo da Russia.
“Bem Vasili, acho que já soltamos rédeas demais, esses Dragunovs estão crescendo rapidamente e com isso estamos perdendo terreno, mesmo nas áreas que menos estimamos na cidade”
“Sim senhor Slovodan, eles são uma pedra no sapato, soltam os rumores que a mercadoria de narcóticos deles é melhor que a nossa”
“Soube que foram eles que acabaram com os malditos chechenos, ninguém gostava daqueles vermes aqui, mas não esperava que acabassem tão rápido”
“E o incrível é que eles conseguem manter o controle das áreas mais difíceis de Moscou, mesmo eles sendo mais humildes em poderio”
“Não podemos afirmar isso, não sabemos o quanto o poder deles se estabeleceu, mas com uns contatos dentro da firma deles consegui alguns detalhes dos ases dos Dragunov... segundo minhas informações os chefes da família são diretamente os filhos de “Dragunov” , pelo que sabemos tem esse aqui, Ulano, este seria o segundo no comando depois do pai, o sub-chefe, depois seria Slovan o responsável pelas principais ligações na família, dentro da KGB, no partido comunista e em até na Interpool... logo depois vem Tolinsk, o cara das negociações da família, no caso ele fecha contratos e também cuida do departamento “executivo”, ele mesmo foi o responsável pela morte de Ivan, sabemos a existência de um quarto irmão, mas parece que ele não tem ligação nenhuma com os negócios da família, é o que parece, não tivemos informações dele dês do ano passado”
“Muito bom! Se você tem mesmo alguém infiltrado dentro dos negócios deles a execução desses malditos será mais fácil do que esperamos”
Todos começam á falar ao mesmo tempo, até que um deles, aparentemente mais velho cita algumas palavras:
“No jogo e na vida, o que parece ou é fácil acaba por ser difícil, não devemos subestimar-los senhores, eu digo como o chefe dos Bazinolovoska, eu estou nesse negócio imundo à décadas e aprendi que não devemos subestimar o governo, os estrangeiros e muito menos inimigos de nossa raça”
A discussão aumenta entre os chefes e capos:
“Foda-se velho! Vamos mandar metralharem o QG deles na parte leste da cidade, metralhamos todo mundo e implodimos aquilo em segundos”
Depois de mais delongas os senhores no recinto fecham um pacto contra a ascensão dos Drgaunov, mas o ancião chefe da velha família se retira depois da afronta e se recusa à trabalhar com aqueles tipos:
“Fiquem tranqüilos senhores, a família Slovodan vai cuidar deles, não vão ser uns calouros que vão me tirar desse negócio!”
“Então estamos combinados, como os Slovodan tem controle às proximidades do nosso ponto de ataque e acredito eu, poder de fogo para executar essa façanha pirotécnica e desesperada contra um inimigo que nem conhecemos direito, hehe, que seja”

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Alvos na Praça

15 de Dezembro de 1989, Praça Vermelha

A neve caía, e o gelo perfurava os pulmões como facas. Eram -11° , a morte assombra os que não se preparam. Assim sabia Tolinsk, não se sabe se ele realmente tem medo de algo, se tiver, não expressa de nenhuma forma. Ali estava ele, no local marcado, á frente dos oficiais da KGB, ele sabia que não poderia deixar nenhum deles vivo depois de ver o seu rosto, ao seu lado estava Vitali o conselheiro da família, grande amigo de seu pai, o Sr. Dragunov, vestindo um casaco pesado e negro, um chapéu coco e pequenos óculos redondos á frente de seu olhar sempre sonolento e estranhamente analítico, Dragunov dizia que seu olhar era mais penetrante que uma espada e ele estava ali, parado, com uma maleta na mão perto de Tolinsk que argumentava com os agentes do governo soviético que eles estavam ali á ordens de Nicola, ele sabia que aquilo não ia dar certo por muito tempo, mas isso era apenas para dar tempo para Dimitri acertar a cabeça de um deles (eram dois) e o outro seria parado por Tolinsk mesmo.
Dimitri estava deitado, dentro do porta-malas meio aberto de um carro á uns 200 metros dali, bem atrás de onde estão os agentes e com apenas o cano da SVD (Rifle Tático) para fora do carro. A mira do rifle está pronta para executar um dos oficiais, só resta Tolinsk dar o sinal para o tiro, ele deveria levar a mão até o queixo, nessa hora o tiro deveria ser feito sem demoras. Em meio a conversa ele dá o sinal ao atirador, Dimitri dispara acertando em cheio um deles, e já aponta seu rifle para o outro, o mesmo sendo semi-automático, ele poderia dar vários tiros com precisão antes de recarregar, Tolinsk pega uma pistola calibre 50 e aponta para o outro para rende-lo. Nesse momento um carro chega até ali derrapando em alta velocidade para pegar Tolinsk, Vitali e o refém, Klaus no volante. Depois da fuga executada, Dimitri pode deixar o rifle no porta malas e ir embora com o carro. Mas quando o agente levanta as mãos se rendendo se ouve outro disparo, e um segundo depois ele cai no chão com um tiro na testa.
“Que diabos é isso?”
Tolinsk não entende nada enquanto vê o corpo, achando que fora Dimitri que efetuou o disparo, mas lá no porta malas do carro o mesmo se assusta com o corpo no chão pensando que Tolinsk havia executado o homem. Mas revirando o corpo: “Perae, não pode ser o Dimitri, o tiro veio do outro lado, se não teria acertado á a nuca do miserável!”, ambos ficam alvoroçados, mas todos gelam quando outro disparo ecoa na praça vazia e Vitali cai por terra em sua morte instantânea.
“Maldição!!”
Ninguém estava entendendo desgraça nenhuma, a única coisa que Tolinsk sabia era que tinha que dar o fora dali antes que ele fosse o próximo á beijar o gelo. Ele coloca o corpo de Vitali de uma vez no banco de trás se joga no carro, manda Klaus pisar fundo e tirar eles daquele inferno. Dimitri vê que bateram e retirada e faz o favor de ir embora também. A polícia é alertada, por muito pouco entram no encalço deles, enquanto os motores roncam e explodem a polícia distrital fica confusa.

No composto da família, uma hora depois, estão todos de luto e nervosos com o que aconteceu. Os legistas da família já analisaram o corpo e descobriram que a bala que matou Vitali é de um rifle de precisão militar. Ou seja, além das suspeitas do que aconteceu já estava concluído. A KGB já suspeitava de que algo iria dar errado, então posicionaram um atirador ali para eliminar os agentes que caíssem em mãos mafiosas. No caso, o atirador aproveitou a oportunidade para abater um dos membros do crime organizado. Mas no fundo, Tolinsk escondia suas suspeitas da existência de um informante entre os Dragunov. Ulano depois de constatar o acontecido, de a KGB matar os agentes para evitar que vazassem informações: “Nossa, esses caras são frios não?”

Homens de Confiança

14 de Dezembro de 1989, 1:00 da Manhã

O Mustang entra no que parece o QG Oeste dos Dragunov, fortemente protegido, o prédio guarda informações e materiais inimagináveis á qualquer um de fora da família. O carro estaciona, todos os quatro homens saem, um dos guardas ao lado cumprimenta Slovan e ele responde retirando suas luvas, ambos entrando dentro da casa. Entram na sala, mal iluminada e abafada pelo cheiro forte de tabaco. Os quatro se sentam no sofá e são recebidos por Tolinsk.
“E então? Fizeram o serviço”
Slovan responde:
“Sim, não deu muito trabalho, o que ele disse bate com nossas suspeitas... é praça vermelha dia quinze, mas agora temos o horário e ninguém vai avisar o bastardos da KGB”
“Ótimo irmão, e vocês rapazes, não querem um trago de uísque?”
Dimitri responde sem demora:
“Sim, obrigado Sr.Tolinsk”
Depois de ambos servidos de copo na mão e sentados no sofá com o ambiente reservado Slovan toma a palavra á Dimitri e Klaus:
“Então rapazes, o meu pai, o Sr. Dragunov faz questão que eliminemos a força tarefa anti-crime organizado do governo , que acabemos de uma vez com esses cães que a KGB soltou no nosso pé – ele acende uma cigarro – já sabemos por fontes seguras e pela confirmação do nosso amigo Nicolai que os informantes deles estarão na praça vermelha ás 5 horas esperando por Nicolai, aí está nossa chance de matá-los ou captura-los... mas para isso vou precisar de ajuda, está sendo difícil encontrar bons comparsas onde se pode confiar, vocês viram o que aconteceu com os malditos que fizeram merda da última vez, então estou promovendo vocês á meus braços direitos daqui em diante, não deixarão de fazer o serviço sujo, assim como eu, e toda os Dragunov, mas estão sendo agora meus homens de confiaça”.Os dois concordam e ficam lisonjeados de serem promovidos dentro da família, o que não acontecia entre os Dragunov, onde até mesmo os filhos do Dom faziam parte ativa da máfia, a arte de confiar em ninguém era muito praticada por entre eles. Quem não tivesse laços familiares e estivesse á altura de um dos quatro filhos do Dom podia se considerar realizado naquele meio.
“Obrigado senhor Slovan ...”
“Sim, sem formalidades, mas agora precisamos conversar sobre o nosso plano de ação na praça vermelha, como é um local aberto e num horário diurno não podemos nos demorar, e nossos passos tem que ser bem trabalhados entenderam?”
“Sim senhor”
“O plano é para amanhã, então podem ir para casa que vamos ligar assim que agirmos”
Depois que os dois saem sem esconder a realização, Slovan diz á Tolinsk que estava recostado em pé no sofá. “Eu não disse á eles sobre os Slovodanm, então espero que estes durem mais que cinco meses”... Tolinsk responde: “Tomara” e apaga o cigarro no cinzeiro na mesa.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Num Beco Qualquer

13 de Dezembro, Subúrbio de Moscou

São onde e cinquenta e oito da noite, um homem empacotado caminha sozinho pelo frio inverno russo, a neve fina cai que quase congela nossas mentes e através das ruelas da baixa cidade ele anda, através da escuridão, calefações e o vapor de sua respiração cansada e apressada à um encontro marcado ali perto. Ele entra em um beco mais obscuro que o coração da máfia. E ali ele encontra alguns homens o esperando em pé no meio do beco. Um destes já adianta a prosa:
“Obrigado por ter vindo senhor...”
“Karpeyja, Vitor Karpeyja”
“Sim, e presumo que quer uma resolução breve e direta não?”
“Sim, estou meio resfriado e não quero piorar”
“De acordo senhor, mas ambos vamos informar-lo da situação, de acordo?
“Sim” – Vitor fica confortável com a situação até agora, mas o homem do beco muda de tom –
“É o seguinte senhor Karpeyja... diga á quem você representa, que nós estamos agora mesmo assumindo o comércio desse lado da cidade”
“Como? Mas isso é impossível , os Karpeyja controlam os narcóticos nesse terreno dês de que você usava fraudas homem! Fique sabendo que essa afronta terá repercussão! Achei que iriam travar um pequeno contrato de proteção, mas querem tomar o que é nosso por direito!”
“Humm”
“Vou ligar agora para meu chefe e contar-lhe sobre tudo isso!”
“Sim, pode ligar! Mas duvido que ele vá atender com a garganta cortada”
“O que?”
“Sim, á essa hora uns rapazes meus já devem ter-lo pego enquanto viajava até sua casa em Leningrado“
“Impossível!”
“Sim, e você só está vivo até agora, por um motivo, ou eu se junte á nós ou morra aqui mesmo”
“Que? Nunca, o senhor Karpeyja está vivo! Isso tudo é um blefe de vocês! Prefiro me matar do que trabalhar com vocês russos imundos!”
“Olha só Vasili! O checheno não gosta de nossa companhia eslava, o que você acha disso?”
O tal Vasili é um homem bem alto e aparentemente forte, ele se aproxima com um soco inglês de Vitor, que agora não passava de um velho arrogante e amedrontado.
“O que acha senhor Karpeyja? Vai se juntar á nossa causa e compartilhar sua valiosa experiência no ramo conosco?”
“Nunca, minha família vai vir me buscar! Conheço você, você é aquele tal de Tolinsk, um gangsterzinho dos Dragunov! Vocês todos vão morrer!”
“Você que sabe”
Não se sabe exatamente o que aconteceu naquele beco naquele dia, no dia seguinte apenas encontraram fatias de carne carbonizada espalhada em todo canto no beco, como aquele beco era os fundos de um açougue acharam que era carne estragada no lixo que os mendigos tentaram assar para comer.

domingo, 7 de setembro de 2008

Fogos

13 de Dezembro de 1989, Moscou

O relógio marcava vinte e três horas, o garçom serve a Vodka, Klaus pega mais uma carta. “Dimitri! Joga logo essa boceta aí caralho!” “Relaxa aí cara, é preciso estratégia nesse jogo” “Cara, descarta logo essa droga aí!”... “Beleza bele...”
Alguém entra dentro do clube, o cara empacotado no clássico capote-chapéu, ele abre de uma vez a porta deixando tocar aqueles sininhos em cima da porta, os ventos do lado de fora entram com violência para dentro do estabelecimento, mas dá para ouvir o sujeito dizendo aos três rapazes sentados jogando baralho. “Já deu a hora” – Ambos se levantam rapidamente deixando até o baralho e a bebida para trás.
Todos entram num daqueles sedans dos anos setenta. Quando o automóvel arranca o motorista avisa: “Vamos passar no hotel e pegar o Slovan”
Eles andam pouco mais de meia hora e pegam o Slovan, um dos membros mais importantes da Dragunov. Quando ele entra o motorista pergunta sobre o Tolinsk, ele responde que estava ocupado, disse para fazermos o trabalho e irmos direto para o ponto de encontro, além de ele me ter contando alguns detalhes da situação.
Eles se dirigem ás pressas para um estacionamento industrial, eles sobem alguns andares até chegar em um que está quase vazio, nele tem apenas alguns carros, incluindo um carro com umas pessoas dentro dele parado no meio do caminho e um homem parado á uns 10 metros dele que parece esperar, e parece apreensivo . Aquele mustang impetuoso cuidadosamente importado da América para na frente do homem com o motor roncando violentamente. Rapidamente os quatro caras encapotados de preto e marrom saem á encontro do senhor. O motorista fica dentro do carro com ele ligado.
Slovan toma a palavra:
“Como estás Nicola?”
“Bem”
“E trouxe o que pedimos?”
“Aqui está – ele entrega uma maleta para Slovan – e vamos acabar logo com isso que minha mulher e filhos estão ali no carro esperando, tive que vir com eles”
Slovan olha para o carro vendo a família de Nicola dentro do carro:
“Hum, sua família é muito bonita...”
“Errr...” – Nicola fica cada vez mais nervoso e suando frio –
“...e você tem uma bela mulher”
Nicola fica desconfiado e trêmulo, sua espinha gela nesse momento, ele engole a saliva e fala:
“S-Sim, posso ir agora?”
“Que isso que pressa é essa Nicola? Você está entre amigos”
“S-Sabe é que eu tenho q-que ir agora e...”
“Hum temos que conversar, sabe, fiquei sabendo que você andou com uns oficiais da KGB... e que andou falando com eles sobre nossos negócios, sabe?”
“Que? N-nunca vi nenhum agente do governo S-Slovan!”
“Olha só, se você nos contar onde marcou de se encontrar com eles nessa semana, eu vou pensar se deixo você e sua família irem embora”
“Eu Ju-juro, não sei de nada!”
“Que pena que você pensa assim, porque tem uma carga de C4 plantada no seu carro, se você não nos contar onde marcou com os malditos agentes eu explodo sua mulher e filhos!”
“M-Mentira!”
“Sim, e se você nos contar eu te entrego o controle da bomba”
“V-você está blefando!”
“Quer apostar?”
Slovan pega o controle em mãos, ameaça apertar, Nicola olha atentamente suado tentando resistir, mas quando ele está prestes á pressionar o controle:
“Eu desisto eu desisto! Marquei de encontrar com eles no meio da praça vermelha dia 15 ás dezessete horas!”
“Tem certeza?”
“A-absoluta! Vão estar
“Bom, tome aqui seu controle... vá embora”
O cara parece aliviado, ele pega o controle, corre para o carro e vai embora em segundos, descendo as rampas do estacionamento. Slovan caminha até a sacada do estacionamento onde se tem vista da rua e saída do mesmo, Dimitri diz:
“Chefe! É claro que ele mentiu!”
“Não, ele disse a verdade”
“Como sabe?”
“Eu sei, Nicola não é muito esperto e nem tem tutano, por isso nem foi preciso torturá-lo”
“Mas nunca ouve C4 nenhuma, ou ouve?”
“Sim”
“Então porque não a explodiu?”
“Eu gosto de deixarem sentir um pouco que estão livres e á salvo”
Nesse momento ele explode a carga de C4 com o controle verdadeiro quando o carro estava no meio da rua depois de sair do estacionamento. Clareando por segundos toda a rua. Slovan e os rapazes observam o carro em chamas e ele diz:
“Adoro Show de Fogos”

Destruindo Vidas

Stalingrado, 12 de Dezembro de 1989

Numa casa familiar em Stalingrado, á noite, as paredes gemem, um homem sai de dentro da casa para fumar, observar do lado de fora sem nenhum pudor de esconder a AK na mão meio para dentro do capote, ele olha para a casa escutando os gemidos e gritos do lado de dentro da casa, ele olha para dentro e grita:
“Klaus! Vai logo! Larga essa putinha ae e vamos embora!”
Dentro da casa Klaus está sem camisa com uma mulher no colo contra a parede em pleno ato, na frente da porta mesmo, aquela menina de cabelos negros e pele clara toda despida dependurada em Klaus em pé o lambia e beijava com violência, mau pode responder para Dimitri pois não tirava a boca do seios da moça. Dimitri olhando aquilo na porta nem reclamou mais, tirou o cigarro da boca e disse: “Rapaz... essa mulher é quente mesmo!” naquele momento Klaus já estava levantado ela e com o rosto enfiado entre as pernas da mulher que gemia alto de prazer. Dimitri faz mais um comentário: “Cara, isso dava um filme pornô dos bons, hahahaha”. Colocou o charuto de novo na boca e voltou á olhar para os dois lados da rua enquanto o colega catava a mulher. Depois de uns dez minutos Klaus entrou no carro onde Dimitri o esperava com o motor ligado: “Cara, isso foi um estupro?” – dizia Dimitri –
“Rapaz, essa menina filha do tal Ivan aí é mais atirada que muita prostituta por aí” – responde Klaus todo animado –
“Que desgraça, tive que pegar a outra que deu um puta trabalho pra comer” – Dimitri reclama enquanto eles saem com o carro – mas Klaus responde logo:
“Não vem reclamar, agente sorteou quem ia ficar com quem e eu dei sorte de ficar com a putinha”
Dimitri ri um pouco e
“Tá, ainda bem que o chefe deixou que agente não pegasse a mãe delas na outra casa”
“Sim, mas no caso dela era pra estuprar e matar, as filhas apenas estuprar, mas também, seria um maior desperdício matar uma guria tão boa de cama”
“Concordo, a minha deu trabalho mas foi bom, ainda bem que tivemos a idéia de usar a AK no lugar da gente na vez da mãe do Ivan”
Os dois riam enquanto Dimitri acelerava pela cidade escura e nem tão fria naquele dia. Sem neve e 2° centígrados. Eles chegam no local marcado, um armazém nos limites da cidade depois de 40 minutos de viagem. Quando eles entram ao encontro do chefe percebem que ao fundo estão interrogando dois homens. Cumprimentam o chefe e perguntam o que está acontecendo. “A aquilo? Aqueles dois são traidores, eles vazaram informações do local do nosso QG aqui na cidade para a polícia”, depois de dito, eles tem ordens de estacionar os carros dentro do armazém para fecharem a porta do mesmo, pois cedo ou tarde a lei pisaria ali perto.
Quando eles terminam tem ordens de esperar sentados ou observar o interrogatório.
Os dois traidores estavam com as roupas todas em trapos e cheios de hematomas, mas eles sabiam que estavam apenas aquecendo com eles, a coisa ia piorar bastante.
O interrogador perguntava constantemente sobre as informações ditas aos agentes do governo, mas os dois negavam pois sabiam que iriam morrer falando ou não e que se resistissem até a chegada da polícia poderiam até sobreviver, mas os interrogadores estavam determinados á arrancar a informação á qualquer custo, quebrando qualquer osso menos a mandíbula.
Os homens se recusavam á falar, então o chefe do interrogatório ordena que martelem pregos dentro debaixo das unhas na mão deles. Amarraram as mãos deles nos braços das cadeiras e começaram, á cada martelada eles gritavam cada vez mais de agonia, parecia horrível, o sangue inchando cada dedo e escorrendo de forma violenta. Eles continuaram á recusar á falar, então o interrogador pegou uma faca e arrancou fora o músculo do peito de um deles, quando a carne viva era lançada ao ar rasgando a pele de uma vez o cara não agüentou e desmaiou, no outro eles pegaram um maçarico e começaram á torrar o braço dele. Ele gritava e gritava até que nem gritava mais, talvez pela perda da voz ou pela dor grande. Ambos continuaram á negar qualquer coisa, juravam que sabiam de nada. Então o chefe mandou pegassem os punhais e enchessem os traidores de cortes e que jogassem gasolina neles. Não poderia haver cena pior, eles berravam como porcos e mesmo depois de banhados de combustível eles negavam qualquer ligação com a polícia. Antes de mais tortura para os moribundos a sirene da polícia soa na frente do armazém, todos os gangsters no recinto ficam alvoroçados, mas o chefe toma decisões rápidas:
“Yuri! Jogue um cigarro nesses dois malditos banhados na gasolina! Dimitri pega a SVD no porta mala do carro e sobe ali no segundo andar e acabe com eles pela janela ao meu sinal! Klaus e Velthav peguem essa ponto cinqüenta e posicionem em frente ao portão atrás dessas caixas e o resto se esconda a se preparem para atirar!!”
Como feito todos obedecem rapidamente, Klaus e Vethav pegam uma metralhadora calibre 50 para esperar os tiras quando eles arrombarem a porta, Dimitri pegou a SVD e subiu até a janela, dali estava vendo todo o movimento. Alguns minutos e já arrombaram o portão do lugar, estava escuro, o que iluminava dentro do armazém eram as tochas humanas no fundo do galpão que deixavam o cheiro de carne queimada ali dentro insuportável, os policiais foram entrando gritando para todos se renderem mesmo sem iluminação nenhuma, quando uma dezena deles estava no portão o chefe deu o primeiro tiro de sinal, nesse momento a metralhadora começou á disparar nos malditos, igualmente Dimitri disparando contra os oficiais do lado de fora ainda dentro dos carros. De repente de todo o armazém saiam tiros guiados pela pouca luz que havia na porta do galpão em cima dos homens da lei. Todos sendo retalhados e rechaçados pelas ondas e rajadas de fuzil e a metralhadora .50 que deixava buracos do tamanho de maçãs no corpo inteiro dos coitados, a mesma metralhadora dava rajadas do lado de fora acertando também quem estivesse do lado de fora, os policiais que haviam entrado primeiro eram agora como bonecos vermelhos e totalmente perfurados pela impiedosa Dragunov, eles podiam sentir o cobre,o chumbo e todo tipo de metal dos projéteis infinitos voando pelo ar se estilhaçando e perfurando seus corpos, ensangüentados eles tobam e caiem por terra vomitando retalhos de seus órgãos internos. O Chefe deu ordem para a galera toda ir saindo e atirando no resto dos policiais, os do lado de fora que já não estavam entendendo quase nada dão de cara com vários bandidos saindo de dentro do galpão atirando com tudo, a policia ainda se escondia atrás dos carros que faziam uma espécie de muro de segurança, mas não foi problema, um dos bandidos jogou uma granada ali que detonou metade dos carros e quem estivesse dentro, criando um grande espetáculo flamejante. Ao lado daquilo um dos policiais se arrastava por entre os mortos, O Chefe, caminhando na luz do velho poste ali, onde pode se ver seu rosto ,Ulano, se aproxima, coloca o pé em cima dele e pergunta qual ou quais eram os informantes da informação, “Ughhht não vou dizer...” Ulano então põe a pistola na nuca dele e pergunta de novo, ele responde: “Foi o Nicolai de Moscou...” depois disso ele para, dá um tiro de clemência na cabeça do agonizante e percebe. Ele havia matado dois caras inocentes, mas depois pensa: “Dois á mais não farão diferença” e retorna ao armazém enquanto pisa no chão totalmente forrado de sangue e retalhos humanos enquanto seus homens executam e roubam os agonizantes.

sábado, 6 de setembro de 2008

Café da Manhã

11 de Dezembro de 1989, proximidades de Volgogrado.

O maldito inverno arrancava a pele de todo e qualquer desgraçado que ousava sair aos ventos congelantes do inverno russo, nenhum ser vivo poderia andar com todo aquele frio. Mas Tolinsk estava lá, dentro de um caminhão indo para o meio do nada bem cedo perto de uma estação da malha ferroviária. O aquecedor do caminhão estava quase quebrando, mas isso não foi problema para eles. Aquilo era um comboio de 4 caminhões se aproximando da estação por entre a tempestade. Ao seu lado estavam os rapazes empregados no “negócio” da família, que escondiam pro debaixo dos chapéus e dos capotes um desejo insano de estar em outro lugar naquela segunda-feira de manhã. Enquanto aqueles caras tremiam Tolinsk se preocupava em apenas acender o cigarro, não passam nem dois minutos com os rapazes tentando se aquecer com os baldes de água quente dentro dos caminhões e eles haviam chegado, e tinham que sair com o tempo muito ruim. Tolinsk sai primeiro, segura o cigarro, sopra a fumaça e olha para sua esquerda fazendo algum tipo de sinal, apressa os outros e caminham na neve até um amontoado de caixas e pacotes ao lado dos trilhos onde havia já um trem á partir. A locomotiva, com a caldeira já funcionando tinha vários homens, talvez operários, por perto para se aquecer no ferro quente.Tolinsk se dirige para um senhor ao lado das caixas em frente aos vagões junto de mais uns gangsteres. “Como vai Ivan!” – Já fala Tolinsk – “O carregamento está pronto?”
O senhor careca igualmente empacotado e fumando um charuto responde:
“Temos um imprevisto...”
“O que?”
“Sim, nada de negócios mais com vocês... agora fornecemos o material para os Chineses”
“O que você está dizendo? Está acabando com nossos negócios?”
“Sim... desculpe Tolinsk, a Tríade paga mais por estas armas, é só negócio Tolinsk”
“Mas nós já pagamos estas armas seu canalha!”
“Vamos devolver o dinheiro assim que os negócios estiverem totalmente desfeitos”
“E pra onde vai toda essa carga aqui?”
“Vai ser embarcada agora mesmo para a China”
Tolinsk para, leva a mão á testa, respira por alguns segundos, injuriado e nervoso ele responde:
“Tem certeza de que quer fazer isso Ivan?”
“Sim, estamos negociando com os Chineses...”
“Então enfie os Chineses no teu cú! Maldito bastardo!”
“Relaxa Tolinsk, nada pessoal, vocês estão só começando nesse negócio, logo vão poder competir!”
"É? Eu vou mostrar quem é que é novato nesse negócio!"
Nesse momento saem quatro capangas de Tolinsk de cima do vagão atrás de Ivan que está cheio de caixas, um deles pega uma faca e agarra por trás o guarda da esquerda e rasga sua garganta gentilmente, o outro pega um revolver curto e dá um tiro na coluna do guarda da direita, o que segura a faca limpa o sangue com um lenço no bolso, guarda a faca e pega uma Galil. Os operários á alguns metros dali correm assustados, enquanto o outro tem o revolver apontado para a cabeça de Ivan ele carrega a Galil e fuzila os operários e ainda mais dois guardas que correm para ver o que acontece, ele recarrega o pente e aponta o cano quente para Ivan também.
“Que isso Tolinsk!! O que está fazendo?”
Um dos capangas lança uma espingarda para Tolinsk, ele pega a calibre doze e dá um tiro na perna de Ivan. A mesma é dilacerada e arrancada fora violentamente jorrando sangue na neve branca. Enquanto o moribundo grita de dor e desespero Tolinsk diz:
“O mesmo que você, mudando de idéia... sabe, tem uns caras lá da KGB que iam adorar ter a sua cabeça numa mesa... Hahahaha um dos maiores contrabandistas de armas desse lado do país... eu não ia fazer isso Ivan, pois tínhamos negócios, mas você pediu isso... até o couro da sua cabeça vale mais que o meu sapato”
Tolinsk recarrega e dá um tiro na outra perna do maldito. O cara berra de dor e pede por perdão.
“Isso foi por me fazer vir até esse inferno pra me dizer que não vai me vender as armas!”
“Ahhhhhh, era brincadeira Tolinskeehahaiiiiiiii!!”
“Bem acho que agora você vai precisar de cadeira de rodas”
Ivan desmaia de dor, enquanto isso Tolinsk ordena um de seus homens que assuma a Locomotiva, dois de seus capangas carregam Ivan até a linha e deixam seu pescoço em cima dos trilhos debaixo dos vagões e suas rodas. Eles acordam o homem e ele continua á gritar.
“Não faça isso Tolinsk!!! Somos amigos!!!”
“Amizade vale nem merda nesse ramo coleguinha”
“Nãoo! Nãooo! Eu tenho família!
“Eu também, e você a desapontou muito”
“Não por favor!!”
“Hans! Ligue a locomotiva!!”
“Nãooo!!” - grita violentamente o homem desesperado -
“Fica tranqüilo com sua família querido, vou pessoalmente mandar alguém para Stalingrado estuprar sua mãe e suas filhas” - diz isso agachado ao lado de Ivan dando uns tapinhas no rosto dele -
O homem chora gritando por clemência, a locomotiva começa á andar, e as rodas dos vagões se aproximam do pescoço do pobre Ivan que tenta se mexer mas suas pernas foram arrancadas e a dor é grande. Quando as rodas estão á centímetros da cabeça de Ivan, Tolinsk diz:
“Os Dragunov mandam lembranças”
"Você é só mais um maldito matador sem alma! Vou ver-lo nos infernos seu desgraçado!"
Tolinsk explode e coloca o pé sobre o pescoço de Ivan mesmo com a roda do trem chegando e falando com tamanho ódio que brotou do vento:
"Não me fale de alma seu maldito filho de judeu! Quero ver o que o seu deus vai fazer comigo!"
O pobre homem caído e entregue à morte horrenda com a boca borbulhando sangue olha para dentro dos olhos daquele Dragunov e diz baixo:
"Não será Deus que vai te despachar"
E o pesado trem toma a liberdade de decapitar o traidor da família pouco depois de Tolinsk tirar o pé de cima de sua garganta. O vagão perfura e dilacera lentamente o corpo do homem, cortando parte do ombro direito e o pescoço dele de fora á fora. Ele poderia sentir o sangue esvaindo de seu corpo e ele esfriando dolorosamente caído no gelo da Sibéria, mas não vai sentir, não mais.
Depois disso feito Tolinsk ainda grita para seus homens:
“Vamos lá, tragam os caminhões! Carreguem com tudo isso! Matem qualquer filho da puta que estiver de bobeira por aqui, depois explodam o trem”
Ali, além do chefe de os homens tratando de carregar os caminhões, ali está um dos homens do Tolinsk, mais parece um conselheiro da família, ele anota alguma coisa no papel dês de que chegaram ali. Mas olhando para o corpo, para, rasga a folha do bloco e a joga no chão. A mesma cai ao lado do corpo sendo encharcada pelo sangue. Vitali, o homem diz: “Arquivo Morto”
Mas Tolinsk percebe que aquele arquivo morto, seria apenas mais um de uma grande galeria a atormentar suas noites de sono e sua conciencia.


Sangue e Seda

Moscou, 10 de Fevereiro de 1988

“Finalmente voltei à Moscou irmão, me encontre na estação central da cidade as catorze horas”

O velho Ulano se prepara para buscar o irmão Caspian na estação. Depois de ler o telegrama, ainda eram treze e quarenta e dois da tarde, mas ele não queria se atrasar, ele se levanta da poltrona, toma um gole de café, deixa seu óculos de leitura na escrivaninha e veste o capote juntamente de seu chapéu. Verifica suas coisas dentro dos bolsos do casaco, como de costume, tudo onde deveria estar, logo depois ele sai vagarosamente do apartamento, fecha e tranca a porta, desce devagar a escada com aquele barulhinho do molho de chaves se debatendo dentro do bolso. Logo depois ele sai do que parece ser um discreto e barato hotel, ele anda pela calçada até o carro, no chão esturricado pela fina neve que cai. Ele entra no carro, mete a chave na ignição dentro daquele carro frio. A neve mesmo que pouca, suja todo o para brisas, Ulano se esforça para limpar isso esticando o braço para fora do carro.
Ele estava chegando na estação, mas avista seu irmão caminhando da calçada, talvez para antecipar sua busca. Caspian parecia suar, apesar de tremer de frio. O carro para, ele entra, se cumprimenta com o irmão, mas o assunto morre imediatamente, o clima dentro daquele carro estava mais gélido que o aço da lataria. Ambos sabiam por que aquela situação estava fria. Mas ninguém comentava nada. Eles se dirigiam para um hotel, onde estava hospedada a noiva de seu irmão, o casamento estava deixando o rapaz muito nervoso, ele realmente ama sua noiva. Aconteceu que dentro do carro ele percebe que Ulano carrega uma Ak por dentro de seu grande capote. Caspian perguntou por que aquilo numa simples viagem familiar. Ulano não hesitou em explicar que os tempos estavam difíceis, a pressão do governo estava deixando a família tensa, e nunca era ruim se prevenir. Caspian sabia que o motivo não era realmente aquele. Mas não quis causar problemas com seu irmão.
Estavam perto do hotel, Caspian tremia de frio, apesar de estar empacotado, com pouco mais de 3 casacos por baixo de seu capote. Eles chegam em pouco tempo, rápido demais. Ulano estaciona, ele ajeita seu chapéu e sai do carro. Ambos caminham com vapor exalando da árdua respiração. Entram naquele luxuoso hotel, sobem as escadas vagarosamente pisando naquele macio veludo do carpete verde. Eles chegam em frente da porta. Caspian “comenta que parece que ela não está” e vai destrancando a porta. Quando a abre encontra sua mulher com outro homem deitados na cama de casal.
Caspian, louco de amor e saudade como é, suspira baixo e deixa cair uma lágrima, mal pode gaguejar e abaixa a cabeça, Ulano vendo aquilo, não pensa duas vezes, mesmo ouvindo a mulher pedindo perdão ao marido, mas Ulano sabe que Caspian esta todo desiludido, nem se mexe ou expressa nenhuma outra emoção além de uma extrema tristeza fria dando as costas para a mulher aflita. Esse ato foi como um decreto de rejeição á sua bela moça no qual iria se casar, Ulano sabia disso, puxa o fuzil da capa, mesmo ouvindo os berros por clemência de Anita ele dispara contra a cama. Os dois condenados mal puderam se levantar direito do leito e já jazia o chumbo em chamas que perfurava suas entranhas e corações. Suas peles eram retalhadas como papel e o sangue escorria pela cama. Eles podiam sentir o metal destruindo em cadeia seus corpos imundos com o passar das rajadas de cima para baixo e da esquerda pra direita que Ulano fazia.
Depois das 50 balas de seu pente descarregadas, Caspian já saíra do quarto deixando de lado, os belos olhos e a pele de seda de Anita furada pela traição e seu amante canalha morto na cama. Que pena diz Ulano, Caspian pergunta “pelo que?”. “Pela boa cama estragada” diz Ele.

Introdução ao Blog

Bem Galera...
Nesse Blog aqui estarei postando constantemente (espero que diariamente) crônicas. Tais de minha trama sobre a Máfia Russa no final dos anos 80 com a URSS prestes á sucumbir. Entregando o controle de um país em colapso nas mãos do crime organizado. A trama é vivída principalmente por uma família do ramo que está no início de seu poder. Os principais personagens são quatro irmãos e dois soldados do crime. Prometo literatura de qualidade amigos. Espero que curtam ^^