Olá =D

Este blog é uma obra literária livre, por enquanto. É um conjunto de contos e crônicas que englobam vários personagens e situações.
Literalmente é numa linguagem até que bem poética (alguns dos textos) outros de reflexão, mas a maioria é de pura e dura ação.

Essa obra foi inspirada nos velhos clássicos do cinema: The Godfather, Scarface e outras influências fora do gênero de crime organizado. Até porque, eu querendo ou não, sempre acabo por escrever coisas como praticamente roteiros mesmo.

Espero que a leitura seja agradável e desculpem pelos erros de gramática. Ainda estou tentando corrigir todos. Mas alguns são figuras de linguagem. 

LEIAM  os POSTS DE BAIXO PARA CIMA para seguir a linha de fatos e assim compreender o enredo. Mas se preferirem fazer uma rápida leitura solo. Fiquem à vontade.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Onde a Vida Acaba

24 de Dezembro de 1989

“Devido à grande onda de assassinatos e atentados à vida pública dentro de nosso amado país por inescrupulosos arruaceiros e marginais em nossa capital. O Governo soviético decidiu liberar totalmente a conduta do ministro chefe da KGB da forma que for necessária para eliminar o crime organizado de Moscou”

Isso era o que declarava um orador numa sala de reunião do tráfico em algum prédio comercial em Moscou. Era uma loja, e em seu segundo e último andar abrigava as cabeças restantes da família Slovodan, e ali, sim, ali o fogo ardia nas entranhas do filho e sucessor do império decadente do falecido à bala chefe da família, deixando seu filho, berrando para um monte de mafiosos velhos e cansados numa mercearia qualquer em Moscou. Logo depois ele sai dali e entra num carro para o enterro de seu pai. Quando o carro dele sai dali e vira a esquina dois homens peculiares se aproximam da vitrine da loja. Eles estão bem empacotados, talvez pelo frio de -15°, eles parecem observar o lado de dentro, mas um deles parece mais estar de olho no reflexo do policial do outro lado da rua do que nos enlatados de segunda nas estantes do mercado. Quando o tal policial sai dali dobrando a rua e fora de vista um dos sujeitos tira algo do capote, com o outro na frente obstruindo a visão não se sabe o que ele faz com seja lá o que tirou do capote, apenas se ouve um pequeno ruído agudo depois que eles abrem a porta da loja e um deles falando baixo: “Vai logo com isso Dimitri!”.Os dois entram no estabelecimento com cautela, andam à passos leves nem percebendo o corpo e um poça de sangue oriunda de um belo furo na cabeça do mesmo. E eles caminham devagar pelo rangente assoalho brandindo uma bela pistola com silenciador tentando ouvir o falatório dos gangsteres no andar acima. “Vai logo aí que eu te cubro!” – um deles cochicha sacando a sua silenciada do capote igualmente e se virando para a porta – o outro cuidadosamente sobe a escada, de frente para a porta no segundo andar para entrar na sala onde estão os membros dos Slovodan ele deixa um pacote com cuidado, bem no chão. Depois disso cuidadosamente desce a escada para não ser percebido. O outro o espera, depois de reunidos no andar térreo, caminham naturalmente pela rua: “Quanto você marcou?” – um pergunta para o outro baixo também – “Dois minutos” – o outro responde meio preocupado – “Droga Dimitri!” – ele diz isso ironicamente já correndo seguido rapidamente pelo outro. Eles correm para um carro à cinqüenta metros dali e seguem na contra mão com pressa cantando os pneus.
Dentro da loja , os homens discutem: “Estamos literalmente quebrados! Não tem escapatória, e digo para que por nossa honra matemos de uma vez esses Dragunovs seja lá onde estejam antes que nos mate...” O prédio inteiro explode subitamente.

Meia Hora depois...

No cemitério, um aglomerado de pessoas vestidas de preto e com o espírito à caráter velam o corpo de Danilov Slovodan, o patriarca e chefe da organização e família Slovodan. Morto num atentado à sua vida que resultou em um trágico ‘acidente’ no aeroporto. Seus filhos, sua família, seus amigos, inimigos e companhia estavam ali. Uma grande camada de negro em contraste com a paisagem cinza da grama congelada mista com neve. Todos juntos, tentando se aquecer naquele frio terrível de inverno siberiano. Mas, entre os negros troncos dos pinheiros, do cinza obscurecido pela morte das lápides por todos os lados e o céu da tarde com uma forte luz opaca pelas nuvens pesadas pairando no ar, havia ali, aqueles dois homens de capote castanho rodeando o enterro escondidos pelas arvores e arbustos, se esgueiram esperando a hora certa de agir. Um deles coloca o cano de uma SVD para fora do arbusto cuidadosamente, deitado ali, o outro armado com um fuzil troca de posição e se deita ali perto atrás de um mausoléu. Eles fazem sinais um para o outro, e então o de rifle de precisão inicia o ‘conserto’, ele dispara um tiro certeiro na cabeça do primogênito dos Slovodan, depois rapidamente joga uma granada dentro da roda do enterro. Acontece um alvoroço terrível entre os presentes ali, mas nem perceberam a granada , das potentes, jogada entre eles, o problema dela é que ela leva mais tempo q o normal para detonar. Nessa fração de segundos os seguranças da família correm para o lado que veio o disparo, e aí que o outro, Klaus, entra em ação, ele agachado entre os túmulos pega os guardas pelas costas e depois atira em quem tenta escapar dali, nesse milésimo a granada detona criando uma cena de horror supremo de pessoas sendo destroçadas literalmente e espalhadas para todos os lados juntamente dos ferrões oriundos do explosivo à base de C4 e semelhante à um claymore. Klaus continua à atirar entre os restantes agonizantes e incapacitados pela explosão. Klaus se deita e troca o pente, Dimitri com a SVD checa o lugar para se assegurar que ninguém saia vivo dali. Alguns se arrastam entre os túmulos, mas encontram o outro mundo com um disparo rápido de Dimitri em cada um. Resta apenas um guarda que se acovardou e treme enquanto tenta colocar o pente na pistola, ele se levanta de trás da lápide tremendo e hesitante mas é encontra 10 subindo de sua barriga até sua testa da AK de Klaus.
Com tudo acabado, os dois abaixam as armas, olham o produto de sua façanha, o sangue, os mortos, crianças e mulheres ali. Tudo ali, e eles ali.

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