Olá =D

Este blog é uma obra literária livre, por enquanto. É um conjunto de contos e crônicas que englobam vários personagens e situações.
Literalmente é numa linguagem até que bem poética (alguns dos textos) outros de reflexão, mas a maioria é de pura e dura ação.

Essa obra foi inspirada nos velhos clássicos do cinema: The Godfather, Scarface e outras influências fora do gênero de crime organizado. Até porque, eu querendo ou não, sempre acabo por escrever coisas como praticamente roteiros mesmo.

Espero que a leitura seja agradável e desculpem pelos erros de gramática. Ainda estou tentando corrigir todos. Mas alguns são figuras de linguagem. 

LEIAM  os POSTS DE BAIXO PARA CIMA para seguir a linha de fatos e assim compreender o enredo. Mas se preferirem fazer uma rápida leitura solo. Fiquem à vontade.

sábado, 6 de setembro de 2008

Café da Manhã

11 de Dezembro de 1989, proximidades de Volgogrado.

O maldito inverno arrancava a pele de todo e qualquer desgraçado que ousava sair aos ventos congelantes do inverno russo, nenhum ser vivo poderia andar com todo aquele frio. Mas Tolinsk estava lá, dentro de um caminhão indo para o meio do nada bem cedo perto de uma estação da malha ferroviária. O aquecedor do caminhão estava quase quebrando, mas isso não foi problema para eles. Aquilo era um comboio de 4 caminhões se aproximando da estação por entre a tempestade. Ao seu lado estavam os rapazes empregados no “negócio” da família, que escondiam pro debaixo dos chapéus e dos capotes um desejo insano de estar em outro lugar naquela segunda-feira de manhã. Enquanto aqueles caras tremiam Tolinsk se preocupava em apenas acender o cigarro, não passam nem dois minutos com os rapazes tentando se aquecer com os baldes de água quente dentro dos caminhões e eles haviam chegado, e tinham que sair com o tempo muito ruim. Tolinsk sai primeiro, segura o cigarro, sopra a fumaça e olha para sua esquerda fazendo algum tipo de sinal, apressa os outros e caminham na neve até um amontoado de caixas e pacotes ao lado dos trilhos onde havia já um trem á partir. A locomotiva, com a caldeira já funcionando tinha vários homens, talvez operários, por perto para se aquecer no ferro quente.Tolinsk se dirige para um senhor ao lado das caixas em frente aos vagões junto de mais uns gangsteres. “Como vai Ivan!” – Já fala Tolinsk – “O carregamento está pronto?”
O senhor careca igualmente empacotado e fumando um charuto responde:
“Temos um imprevisto...”
“O que?”
“Sim, nada de negócios mais com vocês... agora fornecemos o material para os Chineses”
“O que você está dizendo? Está acabando com nossos negócios?”
“Sim... desculpe Tolinsk, a Tríade paga mais por estas armas, é só negócio Tolinsk”
“Mas nós já pagamos estas armas seu canalha!”
“Vamos devolver o dinheiro assim que os negócios estiverem totalmente desfeitos”
“E pra onde vai toda essa carga aqui?”
“Vai ser embarcada agora mesmo para a China”
Tolinsk para, leva a mão á testa, respira por alguns segundos, injuriado e nervoso ele responde:
“Tem certeza de que quer fazer isso Ivan?”
“Sim, estamos negociando com os Chineses...”
“Então enfie os Chineses no teu cú! Maldito bastardo!”
“Relaxa Tolinsk, nada pessoal, vocês estão só começando nesse negócio, logo vão poder competir!”
"É? Eu vou mostrar quem é que é novato nesse negócio!"
Nesse momento saem quatro capangas de Tolinsk de cima do vagão atrás de Ivan que está cheio de caixas, um deles pega uma faca e agarra por trás o guarda da esquerda e rasga sua garganta gentilmente, o outro pega um revolver curto e dá um tiro na coluna do guarda da direita, o que segura a faca limpa o sangue com um lenço no bolso, guarda a faca e pega uma Galil. Os operários á alguns metros dali correm assustados, enquanto o outro tem o revolver apontado para a cabeça de Ivan ele carrega a Galil e fuzila os operários e ainda mais dois guardas que correm para ver o que acontece, ele recarrega o pente e aponta o cano quente para Ivan também.
“Que isso Tolinsk!! O que está fazendo?”
Um dos capangas lança uma espingarda para Tolinsk, ele pega a calibre doze e dá um tiro na perna de Ivan. A mesma é dilacerada e arrancada fora violentamente jorrando sangue na neve branca. Enquanto o moribundo grita de dor e desespero Tolinsk diz:
“O mesmo que você, mudando de idéia... sabe, tem uns caras lá da KGB que iam adorar ter a sua cabeça numa mesa... Hahahaha um dos maiores contrabandistas de armas desse lado do país... eu não ia fazer isso Ivan, pois tínhamos negócios, mas você pediu isso... até o couro da sua cabeça vale mais que o meu sapato”
Tolinsk recarrega e dá um tiro na outra perna do maldito. O cara berra de dor e pede por perdão.
“Isso foi por me fazer vir até esse inferno pra me dizer que não vai me vender as armas!”
“Ahhhhhh, era brincadeira Tolinskeehahaiiiiiiii!!”
“Bem acho que agora você vai precisar de cadeira de rodas”
Ivan desmaia de dor, enquanto isso Tolinsk ordena um de seus homens que assuma a Locomotiva, dois de seus capangas carregam Ivan até a linha e deixam seu pescoço em cima dos trilhos debaixo dos vagões e suas rodas. Eles acordam o homem e ele continua á gritar.
“Não faça isso Tolinsk!!! Somos amigos!!!”
“Amizade vale nem merda nesse ramo coleguinha”
“Nãoo! Nãooo! Eu tenho família!
“Eu também, e você a desapontou muito”
“Não por favor!!”
“Hans! Ligue a locomotiva!!”
“Nãooo!!” - grita violentamente o homem desesperado -
“Fica tranqüilo com sua família querido, vou pessoalmente mandar alguém para Stalingrado estuprar sua mãe e suas filhas” - diz isso agachado ao lado de Ivan dando uns tapinhas no rosto dele -
O homem chora gritando por clemência, a locomotiva começa á andar, e as rodas dos vagões se aproximam do pescoço do pobre Ivan que tenta se mexer mas suas pernas foram arrancadas e a dor é grande. Quando as rodas estão á centímetros da cabeça de Ivan, Tolinsk diz:
“Os Dragunov mandam lembranças”
"Você é só mais um maldito matador sem alma! Vou ver-lo nos infernos seu desgraçado!"
Tolinsk explode e coloca o pé sobre o pescoço de Ivan mesmo com a roda do trem chegando e falando com tamanho ódio que brotou do vento:
"Não me fale de alma seu maldito filho de judeu! Quero ver o que o seu deus vai fazer comigo!"
O pobre homem caído e entregue à morte horrenda com a boca borbulhando sangue olha para dentro dos olhos daquele Dragunov e diz baixo:
"Não será Deus que vai te despachar"
E o pesado trem toma a liberdade de decapitar o traidor da família pouco depois de Tolinsk tirar o pé de cima de sua garganta. O vagão perfura e dilacera lentamente o corpo do homem, cortando parte do ombro direito e o pescoço dele de fora á fora. Ele poderia sentir o sangue esvaindo de seu corpo e ele esfriando dolorosamente caído no gelo da Sibéria, mas não vai sentir, não mais.
Depois disso feito Tolinsk ainda grita para seus homens:
“Vamos lá, tragam os caminhões! Carreguem com tudo isso! Matem qualquer filho da puta que estiver de bobeira por aqui, depois explodam o trem”
Ali, além do chefe de os homens tratando de carregar os caminhões, ali está um dos homens do Tolinsk, mais parece um conselheiro da família, ele anota alguma coisa no papel dês de que chegaram ali. Mas olhando para o corpo, para, rasga a folha do bloco e a joga no chão. A mesma cai ao lado do corpo sendo encharcada pelo sangue. Vitali, o homem diz: “Arquivo Morto”
Mas Tolinsk percebe que aquele arquivo morto, seria apenas mais um de uma grande galeria a atormentar suas noites de sono e sua conciencia.


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