27 de Dezembro de 1989, Cemitério Novodevichi, Moscou
Era um dia qualquer, nevando levemente com uma brisa ártica, era uma hora qualquer, isso para todos. Mas para a família Dragunov, aquilo era um dia marcado na eternidade.
Aquilo, era o sepultamento de “Don” Dragunov, como diziam os italianos. Estava ali, os quatro irmãos, Ulano, Tolinsk, Slovan e Caspian. Nomes que seu pai colocou em honra à alguns velhos e honrados amigos e personagens literários. Mas aquilo não era literatura, não era a poesia que seu pai tanto amava, não era o bom jazz yankee, não era os acordes de Chopin, não era mais um dia de lição com seu velho pai. Era um adeus banhado pela amada brisa das montanhas geladas onde seu pai viveu parte de sua vida, antes de vir para a cidade e iniciar os negócios e seu legado. E Tolinsk, não ia permitir o fim disso.
Não havia muitos presentes, alguns familiares, alguns amigos, parte do corpo de “tenentes” e “soldados” da organização. E logo quando Caspian coloca a velha e boa Thompson (metralhadora americana) de seu pai sobre o caixão. Surge um comboio de carros chegando na ruela dentro do cemitério. Dali sai “Don” Karpeyja e família para prestar seus pêsames.
Quando todos aqueles homens, saíram do carro, Tolinsk olha friamente para Dimitri, que faz um sinal para ele. E aqueles desgraçados dos Karpeyja se aproximavam em um nojento luto falso. Isso latejava na mente dos Dragunov como fogo. “Como podiam aqueles malditos ter a coragem de vi àquele enterro?”.Era costume isso dentro da máfia na Itália e na América...
“Bom dia” – diz gentilmente o culpado pelo enterro
Mas aqui é a RUSSIA
Tolinsk pega a arma de seu pai em cima do caixão, que aliás, estava carregada. E despeja fogo e metal à queima roupa no Karpeyja Pai, em frações de segundo as costas do sujeito estavam destruídas pela saída das balas no corpo. Ninguém esperava isso, pelo menos por parte dos arrogantes Karpeyja. E enquanto jorrava sangue sobre seus olhos, os capangas que vieram junto do comboio vão puxar suas armas, antes de disso Slovan puxa duas pistolas calibre cinqüenta e estoura o peito de um e a cabeça de outro. Klaus se joga no chão e pega uma AK enterrada na neve. Ele se ajoelha e abre fogo contra os capangas adjacentes e o resto dos Drgunov estavam armados. Alguns tentaram correr e se esconder nas arvores e nas criptas, mas antes de conseguirem algo tomaram chumbo nos pés para depois serem executados. Ainda sobraram os dois filhos covardes dos Karpeyja. Eles se enfiaram no carro pai que estava à poucos metros da cova e mal conseguiam ligar o carro de medo. Tolinsk levanta sua Thompson e dá um rajada dentro do carro e diz:
“Blindado é?!”
Slovan dá três tiros na vidraça para arrancá-la. A munição pesada de suas .50 era páreo para essas blindagens. E então ele diz:
“Faça as honras irmão!”
Tolinsk ainda consegue trocar o redondo pente da metralhadora enquanto os dois desolados choram de medo dentro do carro. Muito diferente do que faziam, enquanto estavam protegidos pelo pai. Estufavam o peito e exibiam suas armas e belas mulheres;
Tolinsk chega perto do carro e descarrega bala com tesão com a arma dentro do carro. As balas faziam uma lambança dentro daquele luxuoso carro enquanto os coitados se retorciam e gemiam dentro dele. Os estilhaços de vidro zarpam no ar, cintilam e giram como gelo.O estofamento, o couro, o painel e até a neve atrás do carro estavam vermelhos. Um deles tentou sair pela porta do outro lado, mas cambaleou e se arrastou o quanto pode enquanto tomando balas no corpo todo, por fim ele cai á dois metros do carro e o sangue de todos estava derramado e escorrendo frente ao túmulo de seu pai. Tolinsk volta para junto de seus irmãos, quando passa pelo corpo do Karpeyja pai ainda dá alguns tiros nele. Ele ergue sua arma com o cano “fumando” e pergunta à Dimitri que havia colocado um toca discos rodando ali perto:
Ele responde:
“Isso faz muito sucesso na América, chamam de ‘Heavy Metal’ senhor”
“Você tem que arrumar mais alguns desses!”
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