Olá =D

Este blog é uma obra literária livre, por enquanto. É um conjunto de contos e crônicas que englobam vários personagens e situações.
Literalmente é numa linguagem até que bem poética (alguns dos textos) outros de reflexão, mas a maioria é de pura e dura ação.

Essa obra foi inspirada nos velhos clássicos do cinema: The Godfather, Scarface e outras influências fora do gênero de crime organizado. Até porque, eu querendo ou não, sempre acabo por escrever coisas como praticamente roteiros mesmo.

Espero que a leitura seja agradável e desculpem pelos erros de gramática. Ainda estou tentando corrigir todos. Mas alguns são figuras de linguagem. 

LEIAM  os POSTS DE BAIXO PARA CIMA para seguir a linha de fatos e assim compreender o enredo. Mas se preferirem fazer uma rápida leitura solo. Fiquem à vontade.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Batismo de Aço

17 de Agosto de 1991, Setor Industrial de Vladivostok

 

E ele caminha,

Pelos altos prédios sujos e empoeirados ele vem

E as nuvens de limalha ele cruza

A industria urra, as máquinas gemem e rangem

Os homens suam com o frio

Seus pés se enegrecem com a gangrena dos tempos

Que ainda a piorar

Ou não

 

Caspian chega até a linha do trem, que cruza por dentro da cidade e por dentro dos complexos industriais, que aliás faziam tanto barulho que nem se podia ouvir o trem, não havia cancelas no cruzamento. Mas o rapaz como foi treinado para guerrilha dentro da taiga rente à linha ferroviária, sabia quando um trem vinha ou não. Aquela parte da cidade tem grande trânsito de locomotivas, e logo quando ele chega, já se abaixa e toca as barras de ferro da linha. Para verificar se estavam vibrando. Depois disso ele dá meia volta, enfia as mãos dentro dos bolsos e aguarda o desconhecido.

 

E ali espera tranqüilamente, com os jornais correndo e girando no asfalto.

Com a pesada poeira do ferro e carbono no ar.

Ali espera o sujeito q foi registrado como filho do próprio tio. Decisão de seu pai, visto que queria dar a chance de pelo menos um de seus filhos seguir uma vida normal, sem qualquer vínculo oficial com ele, seus irmãos e suas fichas encharcadas de sangue e furadas pelos estiletes dos nervosos delegados da KGB.

Ali estava,

Sozinho? Quem sabe

Esperando o que? Nem Deus sabe

Mas ele espera. Ele remeche as mãos dentro do capote, ele levanta a gola e respira vapor.

 

Naquele segundo, naquele momento. Ele sente; Atrás dele, logo no final do alto corredor de desembarque, por trás das vigas de madeira. O som de uma AK engatilhando.

Seu coração bate três vezes, antes dele se mexer, antes disso um homem sai de dentro do prédio com o fuzil.

Ele encara o cano, o cano o encara, e o rosto amarelo e contorcido daquele japonês desgraçado nem é de se comentar. Nem que o tal parece ter gritado “Banzai!” antes de abrir fogo. Eram cinco metros, trinta balas, um pente, um japonês e um coração.

E estoura a madeira nesse ponto. O japa, bem vestido com um sobretudo negro e um cachecol combinando abre fogo no peito de Caspian, que dá uns passos para trás e cai do barranco de cargas; Para ele, o segundo entre o escorregão e o impacto na fofa neve duraram horas.

E ele cai; e ele cai.

 

E um estrondo parecido com o do fuzil de assalto soa quase q nulo perto do som das fábricas. Um tiro, um japa com um olho à menos, dois corpos no chão e um metro de esguicho de cérebro atrás do amarelo.

 

Mas o feno não acaba agora, mais quatro japoneses aparecem do outro lado da rua, no melhor estilo “Yakuza”, com direito ao irreverente óculos redondo. E esse povo caminha com violência rumo à Caspian, que não se deu pro vencido, ele se arrasta no sentido da rua, está quase passando por cima dos trilhos. Os japas chegam perto, eis que mais um deles cai por terra em um banho sangue na garganta depois de mais um lindo eco de fuzil, os outros se assustam com isso; Um deles se abaixa atrás de algumas caixas e o outro caminha rumo à vítima que engatinha. Nesse ponto Caspian já está do outro lado dos trilhos, o Japonês para antes de atravessar os trilhos, faz um sorriso maroto bem desgraçado enquanto ergue e engatilha sua arma, os outros dois ficam atrás deles fazendo pose. O outro de tocaia acha que eles são loucos, afinal, tem um atirador escondido derrubando todos eles. Mas ele não importam, parecem ter tanto orgasmo em encarar o coitado que engatinha para não morrer que não percebem o trem em alta velocidade descendo os trilhos. Até por que tava barulhento demais ali para ouvir. Os gangsters do sol nascente caminham para cima do tilho querendo dar um belo tiro na testa pra botar no currículo. Quando os três estão em cima da linha, um deles segura o peito de Caspian e o ergue, aí que a feroz locomotiva passa com violência e cepa tudo que está na frente. Em frações de segundo Caspian cai no chão ao lado do trem que passa com um antebraço japonês preso à gola de seu colete à prova de balas. 

Foi tocante, foi feio, foi...  desolador. O Resultado da Guerra; Um braço japonês; Três homens batizados pelo Aço. Levados, limpos, purificados; atropelados. E mais númerologia das coisas.

Mas o trem levou.

 O outro que esperava do outro lado, gela com a visão de ver 3 homens sendo arrebatados daquele jeito. Quando ele se vira, Klaus o agarra e o degola com amor.

Depois disso Slovan aparece, pergunta algo sobre onde foi mesmo que o Dimitri se escondeu com a SVD (rifle de precisão) e reclamava da sujeira que ele fez. Ele se abaixa, pega o óculos de um dos amarelos e reclama denovo que tinha avisado pra ele não acertar perto dos olhos por que ele queria mais de um daqueles óculos estilosos. Enquanto Klaus corria para socorrer Caspian que mesmo protegido sofreu com o impacto destruidor da Kalashnnikov.

Foi o que ele disse. 

"E a Yakuza apodrece!"

Mas o que aconteceu ali, uma contra emboscada, certamente vai custar caro. Assim está escrito; com sangue.

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